Vamos imaginá-lo na amplitude do tempo:
traremos até aqui
a sua rotação.
Vamos imaginá-lo
lógico e indevassável,
distante, indeterminado:
sua cor, a cor de um pulo.
Vamos imaginá-lo
doença, catástrofe, bomba:
sua presença terrível
ao crepitar num velório.
Vamos imaginá-lo
nas esquecidas gravuras,
em longínquas aquarelas:
não o corpo, o gesto.
Vamos imaginá-lo um ímã
cuja atração é nosso choro
e nos passos que deixam marcas
na pedra de sua história.
Vamos imaginá-lo
de repente
sobre um cavalo
de repente.
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