domingo, 24 de julho de 2011

O choro do gado (Antenor Moraes - 1881-1955)

Aquele grande borrão
que se vê junto ao umbu,
de sangue esparso no chão,
é sinal de carneação
que se fez de algum zebu.

E quando no céu não arde
mais o disco do calor,
o gado, num grande alarde,
enche de choros a tarde,
em tristes berros de dor.

É que a rês tem sentimento,
sente saudades também,
e expressa seu sofrimento,
em um profundo lamento,
chorando a falta de alguém.

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