Quando, em prônubo anseio, a abelha as asas solta
e escala o espaço, - ardendo, exul do corcho céreo,
louca, se precipita a sussurrante escolta
de noivos zonzo, voando ao nupcial mistério.
Em breve, sucumbindo, o enxame arqueja, e volta...
Mas o mais forte, um só, senhor do excelso império,
segue a esquiva, e, em zunzum zeloso de revolta,
entoa o epitalâmio e o cântico funéreo:
toca-a, fecunda-a, e vence, e morre na vitória...
A esposa, livre, ao sol, no alto do firmamento,
paira, e, rainha e mãe, zumbe de orgulho e glória;
e, rodopiando, inerte, o suicida sublime,
entre as bênçãos da luz e os hosanas do vento,
rola, mártir feliz do delicioso crime.
Olá, doce Maíra.
ResponderExcluirEles morrem por um instante apenas, mas que fazem suas vidas valerem a pena.
Abraço com carinho!
Oi, Will! Você anda meio sumido daqui, não é mesmo? Volte sempre!!!
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