Ao transpor os umbrais do teu prostíbulo,
busquei a embriaguez do esquecimento;
deixei lá fora a dor e o sentimento,
pisando este degrau como patíbulo.
Dá-me a cruz de teus braços, oh!... perdida!...
O amor te enlameou e envileceu...
Não és, não és, mulher, mais vil do que eu,
Naná!... Perdi a vida, dá-me a vida!...
E quando um dia alguém te perguntar
como é que pudeste ainda amar,
mulher, que sempre o amor vendido tens,
dize-lhe: - Era um perdido, um desgraçado;
dei-lhe o meu coração no vil mercado...
Pobre imundície que se atira aos cães!...
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