No dorso da verde onda estira-se o veleiro,
quando se lança ao mar um velho borrachão;
olvida os seus, a blusa arranca bem ligeiro
e se atira a salvá-lo o bravo capitão...
Linda mulher, do vício imersa no lameiro,
socorro solicita a humano coração;
ouve-lhe um moço, esquece o céu e o mundo inteiro,
os preconceitos despe e a ela estende a mão...
O marujo arriscaria a vida só terrena,
este, futuro e glória a sorrir amortalha,
beirando o negro abismo onde é perene a pena.
Entretanto conquista aquela áurea medalha
e quem imita Cristo, em face à Madalena,
só recebe do mundo o nome de canalha!
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