O tesouro é procurado nos centros
das metrópoles, mas é nos infernos
que ele está, guardado nos altares
que cobrem o rosto do desesperado
Não quero as moedas, as espalhadas
pelos errantes círculos, as doidas
construtoras, as pesadas, as fartas
que na cor já revelaram os tempos
No bolso há o estranho ritmo, sede
do ouro; nem se quisesse o demônio
ele saltaria para o viciado corpo
Faca é de prata, a morte vale mais
assim, mais respeitada, pois morrer
é bom se presente a nobre matéria
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