Há anos vende o seu peixe
podre
seu suflê de vísceras
para vegetarianos sem o menor senso de humor.
Há tempos leciona
o dialeto do caos
dá conselhos ao sol
vende orquídeas escritas com
seu sangue
para vampiros que têm medo do vermelho.
Há séculos ele pratica
a extinta arte da pluviometria
fabrica idéias inúteis
conta os carros da esquina
compondo um poema longo e atroz.
Há minutos ele liga
Para uma secretária eletrônica
Que repete, estranho, exatamente
A gravação de sua própria voz.
Certamente instigante este texto...
ResponderExcluirInusitado mesmo. Nunca espetei ver "suflê de vísceras" escrito num poema...
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