Para José Paulo Paes
A roda de amigos
sacudida por uma
rajada de risos.
Me concentro num
homem tímido que
sorri por dentro.
Deslocado na roda
rapidamente corta
o riso pela raiz.
Mas o riso retorna.
Coceira furiosa nos
orifícios do nariz.
Bebe graça no gargalo
rola rala racha o bico
ri até ficar sem graça.
A rodada de amigos
explode às gargalhadas:
o tímido é sua cachaça.
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