Felicidade, era o que era.
Após uns poucos dias fora
de casa, retornar e correr
em direção ao ipê, abraçá-lo
como se abraça um amigo
alto e áspero, um avô.
E era como se ramos e flores
os reconhecessem, eu imagino,
e sabe-se lá o que pensavam
àquele instante os dois meninos,
ou se não pensavam nada
e sentissem apenas a pele rude
daquele carinho imóvel. Montanhas
moviam-se lentamente na luz,
lagartos iam e vinham rápidos
como raios. Era mais certo
que os dois meninos não pensavam
coisa alguma, embora àquela hora
fechassem os olhos como quem pensa.
Ou por isso mesmo não pensavam,
porque fechavam os olhos como quem
apenas descansa. Além disso,
eram crianças, e ainda mais inconscientes
quando abriam os olhos para o alto
e viam
a copa derramar-se convexa
em milhões de júbilos, vozerio
de lâminas, estrelas e dragões.
A árvore enlaçada, nem percebiam
que seus pés
esmagavam os morangos selvagens
que se estendiam rasteiros, miúdos
em torno do imperador amarelo.
E gritavam, e riam, selvagens
eles também, selvagens o cheiro,
a sombra, a alegria,
o sol
muito azul de Friburgo.
Olá Maira, sim todas as cidades da França tem o seu encanto, aproveite o máximo que puder, terá muitas coisas bacanas para conhecer. obrigado por sua visita e apareça sempre!
ResponderExcluirValter Montani
blog Clicksdopoeta