Longe de ti, me freqüento
o coração estrelado.
A madrugada é sonora.
Canto o teu dorso.
Não estás comigo, te ouço.
Distante das minhas mãos
afago a tua lembrança.
És o meu rio.
O resplendor que se alteia
dos teus movimentos mornos,
na tua ausência se inflama:
suave o teu pescoço.
Esta mão que me escreve
se estreme porque guarda
um palor de madrepérola:
tua pele se arrepia.
Pela prenda delicada
da vida, que te fez minha,
sonho a certeza do fim:
sejas tu perto de mim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário