quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

A roda do tempo (Cyro de Mattos - 1939)

Criei vaga-lumes
Para vê-los à noite
Brilhando no quarto.

Nadei como um peixe ágil
Nas águas mais claras
Do Rio de Agua Doce.

Como um pássaro
Tive cada voo
Com o vento mais alto.

Andei como bicho solto
Sem ter medo de nada
Nos caminhos do mato.

Mas a infância tem o sabor
De uma fruta que termina
Na idade dos homens.

Nenhum comentário:

Postar um comentário