há de vir o relâmpago
sobre a carniça andante,
sobre o oco da terra seca
e o monótono sermão
do chocalho das cabras.
há de vir a nascente
da chuva
sobre a pedra ancestral,
a lavar a carne
e a fratura dos dias.
desse enredo de espectros
escrito nos olhos,
há de vir o trovão
sobre a cal da espera,
traduzindo o silêncio de Deus.
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