quinta-feira, 26 de maio de 2011
Saga nordestina (Jairo Cézar - 1977)
Ser filho primogênito
Do derradeiro parto.
Partir do ventre fraco
Para o leito de anêmico.
Sugar do seio magro
Faíscas, leite parco.
Crescendo, não crescendo,
Já na infância me amargo.
Na lamúria das descrenças
Adolesço, acre berço.
Vou assim, em desconcerto,
E só um pouco, ainda cresço.
Já na sofrência da adultez,
Adulto velho, fruto murcho da escassez,
Da velhice me despeço, com muita pressa,
Bem ligeiro, agora peço,
Pelo anjo morto, meu filho, medo,
Expulso também da vida,
Sem demora, logo cedo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Obrigado pelo espaço, amiga.
ResponderExcluirJá virei seguidor.
abraços paraibanos
Mereces estar entre os grandes, poeta! Seus escritos são muito belos!!!
ResponderExcluirAproveita e dou os parabéns aos dois:)
ResponderExcluirGostei muito!
ResponderExcluirQue bom que gostaram, meninas!
ResponderExcluirObrigado pela leitura prezadas M. e Andressa.
ResponderExcluirPor que Jairo sempre me impressiona?
ResponderExcluirTalvez nossas influências sejam muito parecidas. Daí, a admiração mútua.
ResponderExcluir