depois do dia em que você morreu
(ou só morreu aqui dentro de mim)
enlouqueci, fiquei fora de si,
exorbitei, gastei exorbitâncias,
as ânsias do passado e do futuro.
em suma, eu me matei ou me morri
depois ressucitei e recitei
meus paradoxos, minhas paralaxes,
perdi a fé, o centro, o astro rei
os para-lamas da minha sintaxe,
só me restando como contraforte
o dom de me entranhar noutras criaturas
e fabricar fragmentos de poesia,
eu kamikase de mim mesmo
extravagando a esmo à-toa ao léu
sem direção, sem coração, sem lua
desorbitado para além de mim.
Amiga avatar,
ResponderExcluirUma homenagem para você no Blog pelo Dia do Amigo (18 de abril no Brasil, 20 de julho no mundo):
http://michele-dos-santos.blogspot.com/2011/07/amigos.html