Quisera ser a serpe venenosa
que dá-te medo e dá-te pesadelos
para envolver-me, ó flor maravilhosa,
nos flavos turbilhões dos teus cabelos.
Quisera ser a serpe veludosa
para, enroscada em múltiplos novelos,
saltar-te aos seios de fluidez cheirosa
e babujá-los e depois mordê-los...
Talvez que o sangue impuro e flamejante
do teu lânguido corpo de bacante,
de langue ondulação de águas do Reno,
estranhamente se purificasse...
Pois que um veneno de áspide vorace
deve ser morto com igual veneno.
Cruz e Souza é um de meus poetas preferidos.
ResponderExcluirImagens e musicalidade a toda prova.
Envolvente ao extremo!
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