A mão do meu suave amor é leve
como uma asa de pássaro a voar...
Tem todas essas curvas que descreve,
pelas areias úmidas, o mar...
De longe, às vezes, num adejo breve,
a alma me afaga, me afagando o olhar...
Mão que se cobre de um alvor de neve
se acaso tento os dedos beijar!
Ninguém diria que essa mão serena,
que tanta força tem, sendo pequena,
pode, num gesto de emoções febris,
mudar o curso das eternidades,
desmoronar impérios e cidades,
erguer montanhas... me fazer feliz!
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