Diz-me a tília a cantar: "Eu sou sincera,
Eu sou isto que vês: o sonho, a graça;
Deu ao meu corpo, o vento, quando passa,
Este ar escultural de bayadera...
E de manhã o Sol é uma cratera,
Uma serpente de oiro que me enlaça...
Trago nas mãos as mãos da Primavera...
E é para mim que em noites de desgraça
Toca o vento Mozart, triste e solene,
E à minha alma vibrante, posta a nu,
Diz a chuva sonetos de Verlaine..."
E, ao ver-me triste, a tília murmurou:
"Já fui um dia poeta como tu...
Ainda hás de ser tília como eu sou..."
Tristeza serena e bela...como a autora:)
ResponderExcluirAqui também tem muita coisa boa: puro linho!!!!
ResponderExcluirObrigada pela visita, volte sempre, assente-se e seja feliz!
Maria Maria
M., sempre me emociono com os poemas dessa sua conterrânea portuguesa!
ResponderExcluirSeja bem vinda aqui, Maria Maria! Todo dia temos poemas "novos" no blog.
ResponderExcluir