Deixai-me nascer de novo,
nunca mais em terra estranha,
mas no meio do meu povo,
com meu céu, minha montanha,
meu mar e minha família.
E que na minha memória
fique esta vida bem viva,
para contar minha história
de mendiga e de cativa
e meus suspiros de exílio.
Porque há doçura e beleza
na amargura atravessada,
e eu quero a memória acesa
depois da angústia apagada.
Com que afeição me remiro!
Marinheiro de regresso
com seu barco posto a fundo,
às vezes quase me esqueço
que foi verdade este mundo.
(Ou talvez fosse mentira...)
Lembranças. É a isso que essa poesia me remete.
ResponderExcluirEla quer reviver a mesma vida que agora tem... Nao sei se pediria tanto, nao! Como o marinheiro que vive de partir, mas sempre regressa ao porto onde a viagem principiou.
ResponderExcluir"E que na minha memória
ResponderExcluirfique esta vida bem viva,..."
A memória viva e preservada é um baú de relíquias e tesouros, espinhos e tristezas, mas que recheiam a vida e faz de cada um o que é.